Lúcio Costa
Arquiteto e urbanista brasileiro. Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro Lima Costa nasceu na cidade de Toulon, na França, em 27 de fevereiro de 1902. Faleceu no Rio de Janeiro, em 13 de junho de 1998.
Além de arquiteto e urbanista também trabalhou como professor. No Brasil, é considerado pioneiro na arquitetura modernista, sendo mundialmente reconhecido pelo seu projeto do Plano Piloto de Brasília.
Seu pai, Joaquim Ribeiro da Costa, era almirante e trabalhava em diversos países, em virtude da movimentação de seu pai, estudou na cidade de Newcastle, Inglaterra; e em Montreux, Suíça. Em Newcastle estudou na Royal Grammar School , e em Montreux, no Collège National.
Em 1917, retornou ao Brasil para estudar arquitetura e pintura na Escola Nacional de Belas Artes, concluindo os estudos em 1924. Foi nomeado como diretor da Escola de Belas Artes em 1930, com a missão de renovar o ensino das artes plásticas e inserir a cadeira de arquitetura moderna na instituição.
Na área acadêmica foi influenciado pelo estilo neoclássico, mas rompeu assumindo as influências da obra de Le Corbusier, arquiteto franco-suíço. Construiu a primeira residência moderna do Brasil ao lado do arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik.
Em 1930, foi nomeado ministro da Educação e Saúde. Em 1928, já havia se casado com Julieta Guimarães, esposa que faleceria em 1954, vítima de acidente de carro. Em 1936, convidou o arquiteto suíço Le Corbusier para avaliar o projeto do edifício da sede do Ministério da Educação, que seria construído na cidade do Rio de Janeiro.
O arquiteto suíço concedeu conferências e colaborou no projeto do edifício do Ministério, além de Niemeyer, Lúcio costa assinou o projeto ao lado de Carlos Leão, Ernani Vasconcellos, Jorge Moreira e Affonso Reidy.
Dois anos depois, ao lado de Oscar Niemeyer, projetou o pavilhão do Brasil na Feira Universal de Nova York. No ano de 1957, foi aberto o concurso para a escolha do projeto da construção da nova capital em Brasília, Lúcio Costa enviou um anteprojeto que contrariava as normas de inscrição.
Venceu o concurso, e desenvolveu o Plano Piloto da nova capital ao lado de Niemeyer. Passou a ser conhecido em todo o mundo e a receber convites para desenvolver vários projetos pelo mundo. No ano de 1960, recebeu da Harvard University, EUA, o título de professor “honoris causa”.
Em 1964, integrou a equipe de reconstrução da cidade italiana de Florença, vitima de uma inundação. Recebeu diversos títulos pelo mundo, destacando a Legião de Honra recebida na França, e o Prêmio Calouste Gulbenkian, concedido em Portugal.
Colaborabou e dirigiu o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Vale destacar que na edificação do Ministério da Educação, cuja obra foi concluída em 1945, a decoração interna pertenceu a Portinari e seus auxiliares.
Antes de falecer, Lúcio Costa recebia 1,4 mil reais de aposentadoria no funcionalismo público, sentia-se triste com a demolição de várias casas projetadas por ele. Faleceu no Rio de Janeiro, deixando duas filhas, Maria Elisa Costa, que se tornou arquiteta, e Helena.
“Não sou, jamais fui, modernista. Aliás, tenho horror a esse conceito que me soa falso, mas sempre participei dos movimentos de renovação válida.
‘‘Não sou capitalista nem socialista, não sou religioso nem ateu.’’
Construída em Paris em 1952, a Casa do Brasil é um projeto associado de Le Corbusier e Lúcio Costa. O edifício hoje acha-se abandonado por falta de conservação.
O "AVIÃO" DE LÚCIO COSTA
No concurso para a construção de Brasilia, concorrendo com grandes empresas internacionais, que apresentaram projetos coloridos de alto efeito, Lúcio Costa entregou à Comissão Julgadora apenas um rabisco a lápis, feito displicentemente sobre o papel, dando à cidade a aparência de um avião, com asa norte, asa sul, cabine e corpo. O projeto encantou os grandes arquitetos internacionais que formavam a comissão e levou o prêmio vencedor
No concurso para a construção de Brasilia, concorrendo com grandes empresas internacionais, que apresentaram projetos coloridos de alto efeito, Lúcio Costa entregou à Comissão Julgadora apenas um rabisco a lápis, feito displicentemente sobre o papel, dando à cidade a aparência de um avião, com asa norte, asa sul, cabine e corpo. O projeto encantou os grandes arquitetos internacionais que formavam a comissão e levou o prêmio vencedor
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